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05/01/2023

Papo de Empresário – Carlos Orlandi e Renato Pamplona – Escritório Contábil Orlandi & Pamplona

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A coluna Papo de Empresário de O Informativo deste mês foi conversar com os sócios Carlos Orlandi e Renato Pamplona. Duas gerações de contabilistas que se uniram para criar o Escritório Contábil Orlandi & Pamplona. A história de ambos no ramo, os desafios da profissão, o olhar para o futuro. Tudo isso você lê a seguir, nesta conversa enriquecedora. 

O Informativo: Como vocês foram trabalhar no segmento da contabilidade para empresas?

Carlos: Comecei a trabalhar em escritório como office boy em fevereiro de 1968, no Escritório Argus, um dos dois escritórios que existiam em Osvaldo Cruz. Na época, meu irmão, Oswaldo Orlandi, juntamente com Francisco Frare e Noboro Tutui, (in memorium), eram sócios e me deram oportunidade. Ali permaneci como funcionário/escriturário, até 1980. Formado em Ciências Contábeis, já em 1980, vi a oportunidade de abrir meu próprio escritório, em janeiro de 1981, com apenas dois clientes, empresários de minha família, numa pequena sala em frente ao antigo Banespa na Avenida Brasil. Com a conquista de novos clientes e em parceria com Fernando Orlandi, meu sobrinho e também Contador, fundamos o Escritório Orlandi de Contabilidade, na Av. Presidente Roosevelt, 651, ao lado do Cecal. Quando novos horizontes surgiram, Fernando deixou a sociedade, indo trabalhar na área de educação em Lucas do Rio Verde-MT. Decidi mudar o escritório para o prédio na Rua Salgado Filho, antiga instalação da Receita Federal. Com muito trabalho e dedicação, os clientes foram surgindo. Com isso, na década de 2010 e com a informatização do setor contábil, precisei contratar novos colaboradores, entre eles, Marilene, responsável pelo setor de RH do escritório até hoje e Renato Pamplona, então aluno da Etec Amim Jundi à época, hoje meu sócio no escritório. Alguns anos após, construí prédio próprio, mudando de endereço novamente, para a Rua Kieffer, 451, onde nos encontramos hoje. 

Renato: Minha vida no escritório começou através de muito esforço e dedicação nos cursos técnicos. Primeiramente em Contabilidade, em seguida Técnico em Comércio e posteriormente já no escritório, me formei em Ciências Contábeis na Faculdade de Lucélia/SP. Eu vi ali naquele escritório a oportunidade que mudaria a minha vida, estava trabalhando ao lado de pessoas muito competentes em suas funções e não poderia deixar de aprender ao máximo com cada uma delas. O ano de 2022 foi muito especial pra mim particularmente, ano no qual me tornei sócio do Carlos Orlandi no escritório. Vejo que os desafios aumentam a cada dia, mas tenho certeza que temos condições de avançar cada dia mais. Não podemos deixar de mencionar que temos uma equipe sensacional, muito colaborativa e pronta para fazer o melhor sempre. Na verdade, nos consideramos uma família. Não construímos nada sozinhos, primeiramente a benção de Deus, a dedicação dos colaboradores, o apoio dos familiares, amigos, clientes, parceiros, nos fazem crer que estamos na direção correta. 

O Informativo: Para quem está pensando em abrir uma empresa, como o serviço de um escritório de contabilidade pode auxiliar? 

Renato: O Brasil é um país onde a burocracia é muito elevada e este cenário pode gerar muitas dúvidas para o empreendedor, principalmente a questão tributária que é onde a empresa poderá pagar menos ou mais tributos se não for escolhido o regime tributário mais adequado. Desta forma um escritório contábil pode auxilia-lo desde a abertura e regularização nos diversos órgãos competentes, quanto apresentar demonstrativos que o ajudará na melhor tomada de decisão. 

O Informativo: O trabalho do contabilista mudou ao longo do tempo? 

Carlos: Assim como praticamente todas as atividades, com a contabilidade não foi diferente, se adequar às mudanças da tecnologia, as exigências do governo, quanto as necessidades das empresas, fez com que os contabilistas procurassem se profissionalizar cada vez mais, não só na área contábil, mas também em áreas de informática, consultoria, economia e diversas outras. Aquela visão de que o contabilista era apenas um gerador de guias caiu por terra, o contabilista assumiu uma posição muito mais ativa dentro das organizações. 

O Informativo: Quais os principais desafios ao assessorar uma empresa?
 
Renato:
A maioria das empresas do interior são de pequeno e médio porte e quase que na sua totalidade são administradas pelos próprios donos ou familiares. Não dizendo que está errado, mas conseguir fazer com que entendam que a empresa é uma “pessoa” diferente deles próprios, que as finanças não podem se confundir, que o caixa da empresa não é a própria carteira, é um desafio, pois se não compreenderem essa diferença, isto pode contribuir muito para o fracasso de uma empresa. Não é só isso, outra questão muito relevante é a alta volatilidade das mudanças das nossas leis. Acompanhar tal evolução demanda muito tempo e recursos. 

O Informativo: Durante o período mais crítico da pandemia, muitas empresas enfrentaram desafios para se manterem funcionando. O que essa situação trouxe de adaptação ao trabalho que vocês oferecem aos empreendedores? 

Carlos: Este foi um período muito demandado para a equipe contábil, enquanto muitos ficaram em suas casas, nós contabilistas estávamos auxiliando as empresas nas adequações dos contratos de trabalhos dos seus funcionários para que pudessem trabalhar remotamente quando possível, elaborando as suspensões de contratos de trabalhos, auxiliando em obtenção de financiamentos oferecidos pelo governo e etc. Graças à Deus em nosso escritório não tivemos empresas que fecharam por conta da pandemia, dificuldades muitos passaram é claro, pois presenciamos as quedas consideráveis em seus faturamentos, mas com a colaboração de todos da melhor maneira possível, conseguimos superar esta etapa tão turbulenta. Os processos e serviços do setor também sofreram um impacto muito grande com o avanço da tecnologia. 

O Informativo: Como vocês avaliam essa modernização? 

Renato: Vejo que a tecnologia vem avançando com muita velocidade e que se conseguirmos utilizar os softwares adequados, cada dia mais vai facilitar nossas tarefas diárias. Quando eu entrei no escritório em maio de 2010, já era bem avançado esta questão, pois em conversas com os mais antigos, eles contam que tudo era feito na “unha”, sem computador, usavam máquinas de escrever praticamente pra tudo, o que hoje é muito difícil de se encontrar num escritório. Mas utilizando essa modernização da maneira adequada, agiliza muito os trabalhos e libera espaço em nosso dia-a-dia pra ficarmos cada vez mais próximos dos empreendedores para auxilia-los em seus negócios. 

O Informativo: Na opinião de vocês, quais foram os avanços na legislação que beneficiaram os empreendedores nos últimos anos? 

Renato: O Brasil sempre foi um país com muitos desafios para os empreendedores, mas por outro lado o povo brasileiro é muito criativo, esforçado e na maioria das vezes sempre encontram uma oportunidade de fazer bons negócios. O problema é que a burocracia sempre foi um entrave na aceleração desses empreendimentos. Atualmente com a Lei de Liberdade Econômica as coisas parecem fluir com mais agilidade quanto a isso. Esperar meses para obter o CNPJ era comum no Brasil, hoje em dia em alguns casos, pode ser obtido no mesmo dia. Então vejo um avanço muito positivo neste cenário. 

O Informativo: Como vocês avaliam a relação da empresa com a ACEOC? 

Carlos: Este tipo de parceria sempre é muito boa para o crescimento dos negócios, da economia, da sociedade, enfim, contribui com o desenvolvimento de maneira geral. Poder contar com uma entidade deste nível e todos os seus recursos, principalmente os humanos, é de fato uma oportunidade muito saudável.